A Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul (FSC) deve investigar a Upbit, a maior plataforma de negociação de criptomoedas do país, em meio a preocupações sobre sua posição dominante no mercado, conforme relatado pelo meio de comunicação local einfomax em 10 de outubro.
O presidente do FSC, Kim Byung-hwan, confirmou a investigação, observando que a agência examinará a dependência do mercado de ativos virtuais na Upbit.
A medida segue preocupações levantadas pelo legislador Lee Kang-il sobre o relacionamento da Upbit com o K Bank, o primeiro banco da Coreia do Sul somente na Internet.
O K Bank, lançado em 2017, está supostamente se preparando para uma oferta pública inicial (IPO) para levantar 984 bilhões de won (cerca de US$ 731,64 milhões). Se for bem-sucedido, estaria entre os maiores IPOs em 2024. Enquanto isso, a Upbit continua sendo a maior bolsa de criptografia da Coreia do Sul em volume de negociação e influencia significativamente o mercado asiático mais amplo.
Preocupações com o domínio do Upbit nos depósitos do K Bank
Lee Kang-il revelou que os depósitos da Upbit representam 4 trilhões de won dos 22 trilhões de won do K Bank em depósitos totais, perfazendo quase 20%. Ele alertou que uma interrupção nas operações da Upbit poderia desencadear uma corrida bancária ao K Bank.
Lee também criticou o K Bank por oferecer altas taxas de juros – 2,1% – sobre os depósitos dos clientes Upbit, considerando a taxa insustentável dadas as baixas margens de lucro do banco. Ele argumentou ainda que a estreita relação entre o Upbit e o K Bank contradiz o princípio de separação entre finanças e indústria.
Em resposta, o chefe do FSC afirmou que o processo de listagem do K Bank passaria por uma revisão abrangente. O Comitê de Ativos Virtuais, órgão que supervisiona os ativos digitais na Coreia do Sul, também examinará o assunto.
Colaboração de Upbit e K Bank
Esta investigação surge menos de um mês depois Dunamu, controladora da Upbit, K Bank e BC Card assinou um memorando de entendimento (MOU) para estabelecer um modelo cooperativo de serviços financeiros digitais.
O acordo aproveitará a plataforma de negociação de ativos virtuais da Dunamu, a infraestrutura bancária móvel do K Bank e os sistemas de processamento de pagamentos do BC Card.
A colaboração visa impulsionar o crescimento do ecossistema financeiro digital da Coreia do Sul, combinando os pontos fortes da tecnologia e dos serviços de cada empresa.
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source – cryptoslate.com