O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, revelou a última fase do roteiro, “The Verge”, que propõe uma mudança inovadora na tecnologia blockchain para tornar possível a verificação de transações em dispositivos tão pequenos quanto smartwatches – algo anteriormente inimaginável.
Em uma postagem detalhada no blog em 23 de outubro, Buterin explicou que “The Verge” combina duas inovações principais: clientes sem estado e SNARKs criptográficos (argumentos de conhecimento sucintos e não interativos).
Clientes apátridas
Os clientes sem estado são projetados para servir como nós de verificação completa sem a necessidade de hardware extenso, exigindo apenas alguns gigabytes de armazenamento. Essa abordagem contrasta com o atual blockchain Ethereum, que excede 1 TB, tornando-o altamente intensivo em recursos para executar um nó completo.
Ao reduzir as necessidades de armazenamento, os clientes apátridas poderiam permitir que mais indivíduos participassem na verificação da rede, reduzindo as barreiras à entrada.
Buterin também enfatizou o papel dos SNARKs no aprimoramento da verificação criptográfica. Estas são provas criptográficas avançadas que permitem aos usuários verificar os dados sem ter que baixar todo o blockchain.
sugerindo que com SNARKs, os usuários poderiam validar transações de forma eficiente com recursos mínimos, potencialmente em wearables ou outros dispositivos compactos.
Ele resumiu:
“Baixe alguns dados, verifique um SNARK, pronto.”
Preservando a descentralização
Todo o roteiro da Ethereum faz parte da visão de Buterin de dimensionar a rede enquanto preserva a descentralização. O roteiro está atualmente em sua quarta etapa.
As fases anteriores incluem “The Merge”, que fez a transição do Ethereum para um sistema de prova de aposta (PoS), e “The Surge”, que escalou a rede para lidar com até 100.000 transações por segundo, principalmente por meio de rollups e sharding da Camada 2.
“The Verge” baseia-se nessas bases com foco na melhoria da acessibilidade para validadores. O objetivo de Buterin é democratizar a participação na rede reduzindo os requisitos de hardware, garantindo que a descentralização não seja prejudicada pela necessidade de configurações caras.
O roteiro de Buterin demonstra o potencial a longo prazo da plataforma para satisfazer as crescentes exigências, mantendo ao mesmo tempo os seus princípios fundamentais de descentralização e acessibilidade. Com “The Verge”, Ethereum está um passo mais perto de alcançar seu objetivo de se tornar uma plataforma global altamente escalável, fácil de usar e descentralizada.
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source – cryptoslate.com