Björk falou sobre como suas turnês mudaram nos últimos anos para que ela “posse realmente ter uma vida”.
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A cantora e compositora mudou a forma como ela fazia turnês após seu sétimo álbum, Biofilia em 2011.
Em vez de se mudar de cidade em cidade, ela montou uma residência musical e permaneceu no mesmo lugar por semanas a fio.
Explicando sua decisão de fazer turnê dessa forma, ela disse em uma nova entrevista ao O Guardião: “As porcas e parafusos são mais flexíveis. Talvez sendo mulher, ou matriarca, ou o que quer que seja, tento fazer com que as pessoas possam realmente ter uma vida.
“Lutei delicadamente, desde a minha adolescência, contra esse jeito machista de como as pessoas organizam tanto os filmes quanto as turnês. ‘Ah, vamos agora trabalhar 18 horas por dia, todos os dias, até todo mundo vomitar.’ Sempre quis coexistir. Você pode ter uma vida pessoal. Você pode ter seus filhos. Você pode ter seus parceiros lá. Não estou dizendo que consegui, mas pelo menos tentei criar um mundo mais aberto a coisas assim.”
Sua mais recente turnê ‘Cornucopia’ contou com “27 cortinas móveis que capturaram projeções em diferentes texturas e telas de LED, criando um show animado digitalmente: uma moderna lanterna mágica para música ao vivo”.
Ela lançou recentemente Cornucópia: O Livro que documenta e narra sua turnê de quatro anos em 480 páginas e inclui mais de 300 imagens do fotógrafo Santiago Felipe. Você pode comprá-lo aqui.
Björk também lançou recentemente um filme-concerto focado no clima para ‘Cornucopia’. Filmado ao vivo em Lisboa, Portugal, a partir da etapa europeia da sua digressão mundial ‘Cornucopia’, o filme capta o ativismo de Björk contra a crise climática.
Esperava-se que mais detalhes sobre o filme fossem anunciados até o final de 2024, mas ainda não foram revelados.
Revendo o show ‘Cornucopia’ da cantora em Londres em 2019, descreveu-o como “um espetáculo audacioso e que perturba as expectativas de um artista que não se preocupa em agradar as pessoas”. O concerto também contou com uma mensagem especialmente gravada da ativista climática Greta Thunberg.
Em entrevista com em 2022 para matéria de capa, a cantora falou sobre a influência da natureza na sonoridade de seu último álbum ‘Fossora’. “Há muito prazer no álbum… é sobre aproveitar esse espaço. Por isso acabou ficando com esse tipo de tema de ‘fungo’”, disse ela.
“E quando digo ‘fungo’, quero dizer mais como um som. Seis clarinetes baixos e notas profundas e muito gordas. Ele foi projetado para o nível inferior. Você precisa estar quase dentro de todo aquele baixo. Enche toda a sala. Essa é a base para poder ficar em sua casa. ‘Medulla’ e ‘Fossora’ estão vivendo no mundo que você criou. As letras são mais sobre viver esta vida no dia a dia e amá-la.”
source – www.nme.com