O Airbnb e outras empresas de aluguel de casas de curto prazo terão que compartilhar dados sobre o número de pessoas que usam suas plataformas sob as regras propostas da UE, disse a Comissão Europeia na segunda-feira, em uma abordagem leve para regular esse setor.
A proposta do executivo da UE ocorre quando destinos turísticos populares como Paris, Veneza e Barcelona culpam o Airbnb por agravar a escassez de moradias ao expulsar moradores de baixa renda.
Mas cidades menores e áreas rurais querem atrair mais turistas por meio de plataformas de aluguel online, que representam um quarto de todas as acomodações turísticas nos 27 países da União Europeia.
A proposta da Comissão marca um esforço para enfrentar a colcha de retalhos de diferentes leis nacionais em toda a UE que regulam o Airbnb e seus rivais, ao mesmo tempo em que tenta equilibrar os interesses das cidades e das áreas rurais.
“As novas regras propostas ajudarão a melhorar a transparência na identificação e atividade dos anfitriões de acomodação de curta duração e nas regras que eles devem cumprir, e facilitarão o registro dos anfitriões”, afirmou a Comissão em comunicado.
“Eles também vão enfrentar a fragmentação atual na forma como as plataformas online compartilham dados e, em última análise, ajudar a evitar listagens ilegais. No geral, isso contribuirá para um ecossistema de turismo mais sustentável e apoiará sua transição digital”, afirmou.
A Reuters informou exclusivamente sobre a proposta da Comissão em 3 de novembro.
Pelas regras propostas, o Airbnb e seus pares terão que compartilhar dados sobre o número de hóspedes e noites alugadas com o poder público, uma vez por mês, de forma automatizada.
As autoridades monitorizarão os seus esquemas e podem aplicar sanções em caso de incumprimento.
A proposta precisará ser acordada com os países da UE e os legisladores da UE antes de se tornar lei.
A proposta da Comissão é semelhante a um acordo de compartilhamento de dados que o Airbnb fechou com o escritório de estatísticas da UE Eurostat há dois anos, permitindo que as autoridades públicas acessem dados publicados trimestralmente sobre o número de pessoas que usam sua plataforma e o número de noites reservadas.
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