Em uma indústria onde a fronteira entre realidade e virtualização é cada vez mais tênue, uma recente onda de controvérsia atingiu a esfera de Hollywood. Uma figura central neste discurso em curso não é outra senão Salão Lenaa ilustre vencedora do Tony Award e indicada ao Grammy, mais conhecida por seu papel em TNT’s Snowpiercer.
No início da quarta temporada do programa, Hall assumiu uma posição pública no Twitter, criticando a natureza opaca da utilização da tecnologia de varredura de corpo inteiro. A atriz contou suas experiências com o procedimento, expressando sua consternação com a falta de transparência e sua percepção de violação do consentimento.
Salão compartilhado,
“Então… Snowpiercer temporada 4 fez uma varredura de corpo inteiro e uma gama completa de captura de emoções de todos os regulares da série no programa, sem nunca nos dizer o verdadeiro motivo. AGORA eu sei porque e é realmente perturbador porque eu não consenti.”
“PS eles nos disseram que era para efeitos especiais, mas foram muito vagos!”
Esta denúncia ocorre em um momento crítico, quando as tensões já são altas entre a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP) e a Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA). Com o pano de fundo de uma greve contínua de roteiristas e atores, as revelações de Hall dão credibilidade à rejeição do SAG-AFTRA à proposta do AMPTP, ancorada por preocupações sobre compensação apropriada e uso não consensual e indefinido de imagens de atores.
A controversa proposta do AMPTP sugeria a inclusão de varreduras de corpo inteiro como parte do processo de produção. No entanto, as implicações foram alarmantes. As produtoras reteriam os direitos dessas varreduras indefinidamente, com os atores recebendo apenas um dia de salário por sua contribuição. Nenhuma provisão foi feita para uso futuro de sua imagem digitalizada. O presidente do SAG, Fran Drescher, e o diretor executivo nacional, Duncan Crabtree-Ireland, articularam sua veemente oposição a essas demandas durante uma coletiva de imprensa, caracterizando a greve como uma manifestação de resistência aos requisitos audaciosos do AMPTP.
As consequências do mundo real dos atores digitalizados
Em uma época em que as versões de celebridades geradas por computador se tornaram comuns, as discussões sobre as implicações éticas são abundantes. Programas de televisão como Espelho preto e outras produções de ficção científica e terror mergulharam neste território, mostrando tanto as possibilidades quanto os perigos potenciais.
De fato, há méritos nessas tecnologias, como a capacidade de continuar os papéis de atores falecidos ou de “rejuvenescer” os atores para enredos específicos. O Flash A série de TV, por exemplo, recentemente usou uma versão gerada do falecido Christopher Reeve Super homen.
No entanto, a questão fundamental do consentimento surge quando o uso perpétuo dessas semelhanças digitais não é devidamente autorizado. A experiência de Hall serve como exemplo e tem o potencial de estabelecer um precedente. O medo de não contratar ou ‘lista negra’ caso um ator se recuse a entregar sua imagem contribui para um ambiente de coerção. A conversa mais ampla sobre o uso ético da tecnologia digital na indústria do entretenimento está apenas começando, e a posição de Lena Hall pode realmente ser a faísca que desencadeia um exame dessas práticas em toda a indústria.
source – movieweb.com