Uma queixa de ação coletiva, apresentada recentemente em 7 de agosto, envolve várias empresas de capital de risco, pintando um quadro sombrio de alegada má administração financeira grosseira e práticas enganosas.
Os autores, representando uma classe de investidores impactados, alegam que o grupo garantiu aos clientes que seus ativos pertenciam exclusivamente a eles e não seriam transferidos para a FTX.
VCs multinacionais implicados
O litígio envolve réus de capital de risco multinacionais, incluindo SoftBank, Sino Global Capital, Temasek, SkyBridge, Multicoin e outros, por sua suposta cumplicidade na fraude.
Essas empresas supostamente tiveram acesso a informações não públicas por meio de seus processos de due diligence, que incluíam investimentos de centenas de milhões de dólares do FTX Group em alguns dos próprios fundos ou parcerias das empresas.
A denúncia destaca a correlação direta entre a alegada fraude e o envolvimento dos réus multinacionais de VC, afirmando que eles foram instrumentais em sua ocorrência e alegando que a fraude não teria ocorrido sem os réus multinacionais de VC.
Embora esses réus tenham lucrado com o uso inapropriado de ativos de clientes, os ativos dos queixosos permanecem ausentes ou inacessíveis devido ao processo de falência da FTX.
Os demandantes buscam uma ampla gama de recursos do tribunal, incluindo certificação de classe, danos compensatórios e restituição.
Além disso, exigem medidas declaratórias e cautelares para declarar ilegais as práticas dos réus de VC multinacionais, para impedi-los de continuar essas atividades e para regularizar a situação sob supervisão judicial.
Reconvenção do réu e dificuldades financeiras
Em meio a essas alegações, a ré Sino Global Capital recentemente esclareceu sua posição em relação ao seu papel no processo de falência da FTX. A empresa, por meio de um postar no Xdeclarou que havia entrado com um pedido de falência de US$ 67 milhões contra a FTX.
A reivindicação refere-se à participação da FTX no fundo SGC. A Sino Global Capital enfatizou que o espólio da FTX está vendendo participações do fundo de investimento LP em leilão. A empresa esclareceu ainda que essa ação não reduziria o pool de dinheiro disponível para os credores, contradizendo as implicações de alguns relatos da mídia.
Enquanto isso, o SoftBank, outro réu na ação coletiva, relatou um prejuízo líquido surpreendente em 7 de agosto atribuível aos proprietários da controladora no valor de US$ 3,3 bilhões, um valor consideravelmente abaixo da estimativa de um analista da Refinitv que previa um lucro de US$ 523 milhões.
No entanto, apesar da perda líquida, o Vision Fund da SoftBank, focado em tecnologia, registrou um ganho de investimento de US$ 1,1 bilhão, marcando seu primeiro ganho após cinco trimestres consecutivos. O crescimento significa uma reviravolta potencial para o Vision Fund de Masayoshi Son, que testemunhou perdas na casa dos bilhões devido a apostas tecnológicas malsucedidas em um ambiente de altas taxas de juros no ano passado.
A notícia chega no mesmo dia em que uma outra ação coletiva foi movida contra ex-advogados da FTX afirmando seu papel nos supostos crimes da FTX.
source – cryptoslate.com