O número de family offices otimistas em relação às criptomoedas mais que dobrou de 8% para 17% neste ano, com a exposição direta sendo sua forma preferida de investimento, de acordo com o “Global Family Office 2024 Survey Report” do Citi, publicado em 20 de setembro.
O relatório indicou que o interesse em ativos digitais continua a aumentar a partir de uma base baixa. Tanto os family offices grandes quanto os pequenos — aqueles com menos e mais de US$ 500 milhões em ativos sob gestão, respectivamente — mostraram níveis semelhantes de interesse em ativos digitais, com fundos de investimento criptográficos diretos e vinculados a criptográficos sendo as principais prioridades.
Cerca de um quarto dos entrevistados já havia investido ou estava planejando investir em ativos digitais, com 17% categorizados como adotantes iniciais e 10% como “curiosos por ativos digitais”.
Notavelmente, a maioria dos primeiros usuários parece estar experimentando criptomoedas, já que 15% deles alocaram menos de 5% de seu portfólio para criptomoedas.
Family offices favorecem exposição direta
Os family offices ainda favorecem a exposição direta à cripto, com 24% das entidades pesquisadas investindo diretamente em ativos digitais. Enquanto isso, 18% dos family offices relataram exposição por meio de fundos negociados em bolsa (ETFs).
Grandes family offices estão mais interessados em ativos reais tokenizados (RWA) do que suas contrapartes menores, com 11% das grandes entidades relatando exposição a criptomoedas, contra 3% das últimas.
Por outro lado, os pequenos family offices têm maior apetite por derivativos, com 8% tendo exposição a esses produtos, em comparação com 3% das entidades maiores.
Além disso, apesar de terem exposição semelhante por meio de stablecoins, o número de pequenos family offices expostos a tokens não fungíveis (NFT) é 4x maior do que o de empresas maiores.
Ásia-Pacífico lidera em interesse
O relatório também destacou que os family offices ainda carecem de educação adequada sobre criptomoedas, já que dois terços dos participantes permaneceram indecisos sobre qual produto de ativo digital explorar.
A Ásia-Pacífico liderou na adoção de ativos digitais, com 37% dos family offices investindo ou interessados em investir em ativos digitais. Um em cada vinte family offices na região relatou mais de 10% de ativos investíveis em ativos digitais.
Enquanto isso, os family offices latino-americanos mostraram o menor interesse, com 83% não priorizando uma alocação em ativos digitais.
Embora a tendência geral mostre interesse crescente, o relatório também observou que a porcentagem daqueles que planejam adicionar às suas alocações menos aqueles que planejam diminuir foi negativa (-11%) para ativos digitais. Isso significa que há mais interesse em reduzir a exposição em comparação a aumentá-la, apesar do sentimento otimista no mercado.
Além disso, o relatório do Citi destacou que criptomoedas não são uma prioridade para uma maioria significativa (73%) dos family offices pesquisados.
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source – cryptoslate.com