A RIAA acaba de divulgar o relatório de receitas do meio do ano da indústria musical, e é uma ilustração nítida da divisão entre ricos e pobres que vem se acelerando na era do streaming. Na verdade, esqueça isso: é uma excelente ilustração de como é bom para o tem: a receita do varejo aumentou 9,3%, para um recorde histórico de US$ 8,4 bilhões no primeiro semestre, enquanto a receita do atacado aumentou 8,3%, para 5,3 bilhões. (Você pode ler uma boa explicação sobre varejo versus atacado aqui; a indústria se concentra no varejo, pois é onde os serviços de streaming ao consumidor são contabilizados.)
A receita de streaming aumentou 10,3% em relação ao ano passado – com US$ 7 bilhões, representa 84% da receita musical nos Estados Unidos. É importante ressaltar que a RIAA observa explicitamente que a receita de assinaturas pagas cresceu 11%, para US$ 5,5 bilhões, mas o número total de assinaturas pagas cresceu apenas 6% – esse delta quase certamente se deve ao aumento dos preços de serviços como o Spotify.
Tudo isso contrasta fortemente com as reclamações dos artistas, a maioria dos quais não ganha nenhum dinheiro que valha a pena com streaming e intensificou várias lutas de direitos autorais por créditos de publicação para serem pagos por reprodução de rádio a níveis absurdos. Mas ei, pelo menos os executivos de tecnologia e os chefes das gravadoras estão felizes.
Há mais tabelas e gráficos no relatório completo da indústria – os fãs do vinil ficarão felizes em ver que o formato continua a crescer, com a mídia física atingindo a maior receita desde 2013, embora seja comparativamente pequena, de US$ 882 milhões. O vinil foi responsável por US$ 632 milhões desse valor, e o formato representa 72% das vendas de mídia física, com 23 milhões de álbuns vendidos em comparação com 15 milhões de CDs. Finalmente, é importante notar que os toques ainda são um negócio de US$ 6 milhões, o que… podemos financiar alguns locais de música locais com esse dinheiro, por favor?
source – www.theverge.com