CEO da BMG Thomas Coesfeld diz que levar a distribuição digital de sua empresa para dentro de casa e as mudanças operacionais — duas iniciativas lançadas durante seu primeiro ano no comando — estão dando resultado.
A empresa musical sediada em Berlim relatou na quarta-feira (28 de agosto) que gerou 459 milhões de euros (US$ 491,7 milhões) em receita no primeiro semestre de 2024, marcando um aumento de 11,1% em relação ao período do ano anterior, graças ao forte crescimento nos fluxos de renda digital. A receita digital, que contribuiu com quase 70% da receita geral da BMG no período, aumentou 20,3% no primeiro semestre de 2024 em comparação a 2023, pois a BMG encerrou um contrato com a Warner Music Group (WMG) e transferiu a supervisão de seus negócios de distribuição digital para dentro de casa.
“Esta mudança está dando resultado”, diz Coesfeld de assumir o controle do negócio digital de 80 bilhões de streams da BMG. A BMG agora tem maior percepção de seus dados de streaming, o que lhe permite fornecer “melhores insights de marketing, campanhas mais oportunas e iterações dessa campanha [and] melhores ferramentas em torno do fandom” para seus artistas, que incluem Jelly Roll, Kylie Minogue e Mustard, diz Coesfeld. Além disso, a BMG economiza dinheiro não pagando taxas para a ADA da WMG.
“Um ou dois anos atrás tínhamos esse plano, dissemos que era isso que aconteceria”, acrescenta Coesfeld. “E [these earnings] mostre que funciona.”
As receitas orgânicas do primeiro semestre da BMG cresceram 12,5%, enquanto o lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) — uma medida de crescimento observada de perto — aumentou 35,5% para 122 milhões de euros (US$ 130,7 milhões). A margem EBITDA foi de 26,5%, acima dos 21,7% nos primeiros seis meses de 2023. Os catálogos da BMG novamente sustentaram esse valor de margem, pois a empresa adquiriu 10 catálogos durante o primeiro semestre do ano. Os detalhes desses negócios não foram divulgados.
O fechamento dos primeiros seis meses de 2024 coincidiu com o fim do primeiro ano de Coesfeld como CEO. Depois de assumir as rédeas da BMG do antigo CEO Hartwig Masuch em 1º de julho de 2023, Coesfeld deu um tom que comunica que a BMG está aberta a mudanças, mesmo que isso signifique aproveitar a inteligência artificial e a colaboração com rivais históricos.
“Nós imaginamos que somente se anteciparmos as tendências um pouco mais cedo teremos uma chance de vencer neste mercado tão competitivo”, diz Coesfeld. “Estamos olhando para um mercado fundamentalmente atraente que está crescendo. Ele é movido pela tecnologia e se o adotarmos e não lutarmos contra ele, há uma grande oportunidade para a BMG e os artistas.”
Um exemplo dessa abordagem é a parceria da BMG com um laboratório de IA generativa na Universidade Técnica de Munique, por meio do qual eles lançaram com sucesso um programa piloto que usa IA gen para comercializar o catálogo profundo da BMG. Os alunos do laboratório geraram vídeos curtos que provaram ser mais econômicos e eficazes para fazer com que o público se envolva com a música.
No outono passado, a BMG também começou uma reorganização estrutural que incluiu a dispensa de cerca de 40 funcionários. Foi um “período difícil… mas uma necessidade empresarial” e parte de uma estratégia mais ampla destinada a ajudar a empresa a responder rapidamente às tendências do setor, diz Coesfeld.
“As mudanças operacionais que implementamos — distribuição digital, mais capaz de monetizar nosso repertório e catálogos e nossa reorganização, que está completa, estão nos tornando muito mais ágeis e rápidos na entrega de nossos serviços e na tomada de decisões”, ele acrescenta. “Estamos muito mais ágeis no dia a dia.”
source – www.billboard.com