A Foxconn, fornecedora da Apple, disse na quarta-feira que planeja aumentar os investimentos fora da China e os esforços para atrair montadoras para seus negócios de manufatura contratada, já que a empresa relatou uma demanda mais fraca por eletrônicos de consumo.
A Foxconn, que monta cerca de 70% dos iPhones, vem diversificando a produção da China, cujas restrições rígidas do COVID interromperam sua maior fábrica de iPhones no ano passado. A empresa também procura evitar um possível impacto em seus negócios devido às crescentes tensões comerciais entre Pequim e Washington.
“É a demanda do cliente que orienta nossas considerações sobre como implantar nossa capacidade de produção no campo de TIC”, disse o presidente da Foxconn, Liu Young-way, em uma teleconferência de resultados, referindo-se à tecnologia de informação e comunicação.
Ele disse que a expansão é necessária em países como Estados Unidos, Vietnã, Índia, México e China, “em resposta aos ajustes dos clientes e da cadeia de suprimentos”.
Liu disse que atualmente cerca de 70 por cento da receita da empresa é derivada de produtos fabricados na China, mas “no futuro, a proporção da região no exterior continuará a aumentar”.
A Foxconn não informou quanto aumentará seu investimento até este ano.
Demanda fraca do consumidor
A maior fabricante de eletrônicos do mundo espera que a receita do primeiro trimestre e do ano inteiro fique estável, já que a fraca demanda por eletrônicos de consumo seria compensada por um crescimento significativo em computação, nuvem, rede e produtos de componentes.
Mais da metade da receita da Foxconn vem de produtos eletrônicos de consumo.
“Mantemos uma visão relativamente conservadora em relação aos eletrônicos de consumo inteligentes e achamos que eles podem cair um pouco”, disse Liu, apontando para fatores como a alta base do ano passado, bem como a inflação e a desaceleração da economia global.
A Foxconn ganhou as manchetes em novembro, quando as restrições para controlar o COVID-19 levaram milhares de trabalhadores a deixar sua enorme fábrica na cidade chinesa de Zhengzhou, interrompendo a produção antes do Natal e dos feriados do Ano Novo Lunar de janeiro.
A Foxconn, que quer replicar com veículos elétricos o sucesso que teve com o iPhone, disse que está se aproximando e sendo procurada por muitas montadoras.
“A Foxconn expandirá ativamente seus negócios de EV na América do Norte e trabalhará de forma mais abrangente com fabricantes de automóveis tradicionais e iniciantes”, disse Liu.
A Foxconn, formalmente chamada de Hon Hai Precision Industry, adquiriu a antiga fábrica da General Motors em Lordstown, Ohio, e também contratou um ex-executivo da Nissan, Jun Seki, para liderar seus esforços na expansão dos negócios de veículos elétricos.
Liu disse que a receita de componentes EV deve aumentar acentuadamente entre TWD 50 bilhões (aproximadamente Rs. 13.500 crore) e TWD 100 bilhões (aproximadamente Rs. 26.900 crore) este ano, de TWD 20 bilhões (aproximadamente Rs. 5.400 crore) no ano passado. Em Ohio, a Foxconn se concentrará em baterias para veículos elétricos, enquanto Wisconsin produzirá células e baterias para sistemas de armazenamento de energia (ESS), disse ele.
A empresa também vem expandindo a produção de componentes EV no México.
O lucro líquido do trimestre de outubro a dezembro caiu 10 por cento para TWD 40 bilhões (cerca de INR 10.800 crore) em relação ao ano anterior, disse a empresa, em linha com a estimativa dos analistas.
A empresa disse anteriormente que a produção voltou ao normal em Zhengzhou, que produz a maioria dos modelos premium da Apple, incluindo o iPhone 14 Pro.
A Apple previu no mês passado que sua receita cairia pelo segundo trimestre consecutivo, mas que as vendas do iPhone provavelmente melhorariam, já que a produção voltou ao normal na China após as paralisações relacionadas ao COVID.
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