O Xbox One vendeu menos da metade do PS4 ao longo de sua vida, confirmou a Microsoft. Documentos judiciais do julgamento Microsoft-CADE em andamento revelaram detalhes sobre como as unidades do Xbox One foram vendidas. A empresa que está adquirindo a Activision Blizzard se recusou a divulgar informações de vendas do console desde 2015, concentrando-se nos números do Xbox Live. “A Sony ultrapassou a Microsoft em termos de vendas de consoles e base instalada, tendo vendido mais que o dobro do Xbox na última geração”, admite a Microsoft, conforme traduzido do português pelo The Verge.
O Xbox One foi lançado em 2013 com foco principal no departamento de multimídia, juntamente com o recurso Kinect. A decisão atrasou um pouco o console, já que seu rival, o PlayStation 4, se concentrou totalmente em videogames e em sua comunidade. Isso valeu a pena para o gigante japonês. A Microsoft eventualmente mudou o foco para os jogos também.
Enquanto a Microsoft parou de relatar números de vendas em 2016, a Sony anunciou recentemente que não divulgará mais números de vendas para o PS4. O último número relatado é de 117,2 milhões, em março. Indo pelos documentos judiciais da Microsoft, isso colocaria as vendas vitalícias do Xbox One em um valor inferior a 58,6 milhões de unidades. O PS4, por outro lado, é o quarto console mais vendido de todos os tempos, atrás do Game Boy, Nintendo DS e do próprio PlayStation 2 da Sony.
Os últimos números de vendas registrados para o Xbox One foram em 2015, com uma estimativa de 51 milhões. A notícia vem na esteira do julgamento em andamento da Microsoft contra o CADE, a autoridade brasileira de concorrência. Acontece que a aquisição da Activision Blizzard por US$ 70 bilhões (cerca de Rs. 5.55.467 crore) pela Microsoft está atualmente sendo examinada por reguladores em todo o mundo. De acordo com GamesIndustry.biz, o acordo é “massivo” e pode ter impacto não apenas no comprador, mas em toda a indústria de jogos, incluindo desenvolvedores independentes, empresas e consumidores.
“Os órgãos reguladores existem para tentar garantir que tais acordos não resultem em questões antitruste, onde uma empresa possa se tornar excessivamente dominante ou a concorrência seja prejudicada de tal forma que possa levar a menos opções, preços mais altos e/ou menos inovação”, lê-se.
A Microsoft exigirá a aprovação de três grandes órgãos reguladores para concluir a compra. Primeiro, o FTC dos EUA (Federal Trade Commission) – seu processo de revisão começou e entrou na fase dois. Em segundo lugar está a CMA (Competition and Markets Authority) do Reino Unido, que está atualmente na primeira fase de revisão e deve terminar no início de setembro. O terceiro e último regulador principal entre a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft é a Comissão Europeia – o processo ainda não começou.
A CMA já havia ordenado que a Microsoft fornecesse “melhores informações iniciais” para seus serviços de jogos online, como o Xbox Game Pass. O regulador do Reino Unido estava preocupado com os recursos de facilidade de acesso que permitem que os usuários se inscrevam facilmente em um serviço, mas nunca detalha as especificidades de um processo de cancelamento. Esse detalhamento obscuro leva a casos em que um cliente esquece completamente a assinatura, mas continua sendo cobrado pelo serviço sem perceber.
A Microsoft foi orientada a entrar em contato com todos os seus clientes existentes em contratos recorrentes de 12 meses e dar a eles a opção de cancelá-los e solicitar um reembolso proporcional. Os assinantes inativos também serão contatados e lembrados de como interromper os pagamentos. Além disso, quaisquer aumentos de preços também deveriam ser notificados claramente.
source – gadgets360.com