Wednesday, November 27, 2024
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Brasil de luto por Pelé, o ‘rei do futebol’

O Brasil inicia três dias de luto nacional na sexta-feira pela lenda do futebol Pelé, tricampeão mundial considerado o maior jogador de todos os tempos, que morreu aos 82 anos. onda de homenagens ao redor do globo do mundo dos esportes e também de líderes políticos e culturais. Pelé morreu na quinta-feira no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após uma longa batalha contra o câncer. “Nós te amamos infinitamente. Descanse em paz”, escreveu a filha Kely Nascimento no Instagram.

O mundo do futebol – dos ex-companheiros aos atuais craques – se uniu para homenagear “O Rei”, que transformou o esporte ao longo de uma longa carreira profissional iniciada ainda na adolescência.

O craque brasileiro Neymar disse que Pelé “transformou o futebol em uma arte”. O francês Kylian Mbappé disse que seu legado “nunca será esquecido” e o português Cristiano Ronaldo o chamou de “inspiração para milhões”.

O capitão da seleção argentina, Lionel Messi, simplesmente escreveu: “Descanse em paz”.

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que declarou três dias de luto nacional, prestou homenagem a um homem que “transformou o futebol em arte e alegria”, enquanto o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que deve tomar posse no domingo, twittou: “Há nunca tinha sido um número 10 como ele.”

Pelé é o único jogador de futebol da história a ter vencido três Copas do Mundo – em 1958, 1962 e 1970. Ele marcou um recorde mundial de 1.281 gols em 1.363 partidas durante uma carreira de 21 anos.

Ele estava com a saúde cada vez mais frágil, lutando contra problemas renais e câncer de cólon – passando por uma cirurgia para este último em setembro de 2021, seguida de quimioterapia.

Um velório acontecerá na segunda-feira, seguido de um funeral na terça-feira em Santos, a cidade do sudeste onde ele jogou a maior parte de sua carreira, disse seu ex-clube.

A cidade declarou sete dias de luto enquanto os torcedores lotaram o estádio do time para deixar flores. Em frente ao hospital paulista onde ele morreu, torcedores ergueram uma faixa com os dizeres: “Eterno Rei Pelé”.

No Rio de Janeiro, a estátua do Cristo Redentor com vista para a cidade foi iluminada em homenagem a Pelé, assim como o lendário estádio do Maracanã.

Para o jornal brasileiro O Globo, cuja primeira página estava repleta de histórias sobre a lenda do esporte, Pelé continuava sendo o “rei imortal do futebol”.

Como prova da influência de Pelé, figuras internacionais como o presidente dos Estados Unidos Joe Biden e o ex-líder Barack Obama, as lendas da música brasileira Caetano Veloso e Gilberto Gil e o chefe do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, também prestaram homenagem.

“Como um dos atletas mais reconhecidos do mundo, ele entendeu o poder do esporte para unir as pessoas”, escreveu Obama.

‘Samba futebol’
Nascido em 23 de outubro de 1940, na cidade de Três Corações, no sudeste do país, Edson Arantes do Nascimento – batizado em homenagem ao inventor americano Thomas Edison – cresceu vendendo amendoim na rua para ajudar sua família empobrecida.

Ele logo recebeu o apelido de Pelé, por sua pronúncia errada de Bile, o nome de um goleiro do Vasco de São Lourenço, onde seu pai jogador de futebol jogou.

Pelé deslumbrou desde os 15 anos, quando começou a jogar profissionalmente no Santos. Ele levou o clube a uma enxurrada de títulos, incluindo Copas Intercontinentais consecutivas em 1962-1963.

Ele sintetizou o sublime estilo de jogo da Seleção Brasileira, chamado de “futebol samba”.

Pelé estabeleceu seus recordes de pontuação jogando pelo Santos (1956-74), pela seleção brasileira e pelo New York Cosmos (1975-77).

Mas, além dos muitos pontos de referência que estabeleceu, ele será lembrado por revolucionar o esporte, seu sempre presente número 10 nas costas enquanto explorava seu atletismo sobrenatural.

A primeira estrela global do futebol, ele desempenhou um papel importante em tornar o jogo uma potência esportiva e comercial.

Ele também jogou com o coração, visível na filmagem em preto e branco do garoto de 17 anos chorando depois de ajudar o Brasil a conquistar seu primeiro título mundial, em 1958.

Oito anos antes, vendo seu pai chorar quando o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo de 1950 em casa para o Uruguai, Pelé havia prometido levar o troféu para casa um dia.

realeza esportiva
Pelé atingiu o ápice de sua grandeza na Copa do Mundo de 1970 no México, a primeira transmissão em cores, onde estrelou o que muitos consideram o maior time de todos os tempos, com talentos como Rivellino, Tostão e Jairzinho.

Muitas vezes era recebido como a realeza quando viajava para o exterior com o Santos ou a seleção nacional. Diz a lenda que sua chegada à Nigéria em 1969 provocou uma trégua de 48 horas na sangrenta guerra de Biafra.

Pelé recusou ofertas para jogar na Europa, mas assinou por um breve e lucrativo canto do cisne com o New York Cosmos no final de sua carreira, trazendo seu poder de estrela para a terra do “futebol”.

Sua influência se estendeu além do campo, com shows como estrela de cinema, cantor e ministro do Esporte (1995-1998) – ele foi um dos primeiros ministros negros no Brasil.

Mas ele enfrentou críticas às vezes no Brasil por permanecer quieto sobre questões sociais e racismo, e pelo que alguns viam como sua personalidade vaidosa e arrogante.

Ao contrário do rebelde argentino Diego Maradona, um de seus rivais pelo título de maior de todos os tempos, Pelé era visto como próximo dos que estavam no poder – incluindo o regime militar brasileiro de 1964-1985.

‘Eterno, inesquecível’
A saúde de Pelé começou a piorar na última década. Suas aparições públicas tornaram-se cada vez mais raras e ele frequentemente usava um andador ou cadeira de rodas.

Ele foi hospitalizado várias vezes por infecções urinárias, depois novamente em 2021 e 2022 pelo câncer de cólon que marcou o início do fim. Ele enfrentou seus problemas de saúde com humor típico.

“Vou enfrentar essa partida com um sorriso no rosto”, postou no Instagram em setembro de 2021, após uma cirurgia para retirada de um tumor no cólon.

Mario Zagallo, que venceu a Copa do Mundo ao lado de Pelé em 1958 e 1962, disse que o Rei “parou o mundo várias vezes” com seu talento.

“Ele deixa um legado eterno e inesquecível”, disse Zagallo, de 91 anos.

(Esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é gerada automaticamente a partir de um feed distribuído.)

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source – sports.ndtv.com

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