Conforme relatado pela primeira vez pelo Tempos Financeiros, as gravadoras independentes Beggars Group, Secretly Group e Partisan Records estão resistindo aos pagamentos preferenciais da Apple para áudio espacial. Eles dizem que artistas independentes que não têm condições de gravar em áudio espacial ganhariam menos devido à forma como funcionam os pagamentos de streaming de música.
A Apple disse que os artistas do Apple Music podem receber bônus de até 10% pela criação de música com áudio espacial. A empresa pagará aos artistas com parcelas pro rata de um fundo de assinatura, calculado usando um fator de 1,1, em vez de apenas 1 para faixas de áudio não espaciais, que serão deixadas para dividir uma parte restante menor do dinheiro.
Executivos musicais anônimos disseram ao Tempos Financeiros que produzir músicas em áudio espacial acrescenta US$ 1.000 por música à produção, ou cerca de US$ 10.000 para um álbum inteiro, e atualizar músicas mais antigas pode ser ainda mais caro. Por causa do custo envolvido, os chefes da gravadora dizem que o esquema beneficia players maiores como o Universal Music Group, que tem recursos para investir em áudio espacial e pode sofrer um impacto financeiro se um artista de sua lista não gravar em áudio espacial.
A Apple tem investido pesadamente em áudio espacial, e todos os seus dispositivos suportam o formato, que também está disponível em outros sites de streaming de música como Amazon e Tidal. O Spotify, porém, não oferece áudio espacial.
O Beggars Group abriga gravadoras que representam artistas independentes, como a criadora de sucessos do Grammy Adele e Vampire Weekend, enquanto o grupo de artistas do Secretly inclui Bon Iver, Muna e Phoebe Bridgers, e a Partisan Records trabalha com PJ Harvey. (Sim, estou escrevendo esta história ouvindo uma playlist que inclui muitos desses artistas. Não, eles não estão tocando usando áudio espacial.)
source – www.theverge.com